terça-feira, 7 de junho de 2011

Montes de mentiras


Hoje eu resolvi fazer uma limpa no meu computador. Deixar ele livre desse tanto de coisas antigas. Algumas fotos terríveis de alguns momentos de completa loucura e pane. Alguns textos que eu escrevi, mas que eu não mostraria nem pro meu irmão que entende bulufas de qualquer coisa a não ser videogame. E claro, apagar muitas coisas que no passado podiam ter tido o valor emocional que fosse, mas que hoje me irritavam muito.

No meio de varias coisas selecionadas pra ir direto pra minha lixeira, num é que eu achei um bloco de notas que me chamou atenção. Era uma carta, que eu recebi de alguém que se dizia loucamente apaixonado por mim há algum pouco tempo atrás.

Eu fiquei com um pouco de receio de abrir aquele bloco. Lembrei de quando eu recebi aquilo ali. Claro, como eu sou um manteiga derretida, chorei desde o primeiro “E” de eu, até o ultimo ponto, encerrando todas aquelas promessas e desejos. Eu me senti amada, desejada. Me senti a pessoa mais linda do mundo. Minha vontade era de correr pros braços daquele cara e ser tudo aquilo que ele desejava, e que naquele momento eu também queria, mais que tudo.

Graças a Deus, minha mãe me criou desde pequenininha com meus dois pés no chão. Tem gente que acha isso terrível, porque assim eu me privo de maiores sentimentos, me permito muito pouco. Mas não. Isso é ótimo. Por enquanto eu me contento muito bem com maiores sentimentos momentâneos e permissões interesseiras. Isso mesmo. Por enquanto isso esta me bastando, e mais que isso, ta me fazendo um bem danado.

Mas enfim, voltando à carta, e à vontade de sair correndo e etc. Passaram. Depois que a empolgação passou e eu fui voltando à realidade, parei pra pensar em tudo aquilo que ele escreveu. Como pode uma pessoa amar tanto, sem eu ao menos ter sido tudo aquilo pra ele? Eu, por mais tempo que já conheci alguém, nunca senti tanta vontade tão de repente. Era sentimento demais pra mim. Eu não tava pronta pra aquilo tudo, assim como hoje eu ainda não estou pronta nem pra metade. E depois de ler mais umas trezentos e sessenta vezes, comecei a reconhecer aquelas frases de algum lugar, um livro, talvez.
Sabe, eu acho muita baixaria tentar esse tipo de sedução barata, porque pessoas de corações muito moles como eu, e que se deixam levar por palavras bonitas, que já não é o meu caso (felizmente), podem ser vítimas de sentimentos mentirosos. Nós vivemos em um mundo que já nos engana demais. Governantes, religiões, televisão. Sempre tentando ganhar em cima da gente com mentiras, promessas. Mas com isso aí, de uma forma ou de outra tivemos que aprender a lidar. Às vezes até “tapar o sol com a peneira”.

Acontece que o coração sente. Machuca, dói. Mentira faz o coração doer. Imagina o quanto deve ser difícil pra ele descobrir que quase foi enganado. Ele ainda me agradece, por não ter me deixado levar por aquele tanto de palavras bonitas, por tê-lo poupado de uma futura decepção. E aqui dentro, a cada dia, ele me ensina que eu devo amar. Amar o máximo possível. Amar de verdade. Me amar de verdade. Porque assim, eu vou aprendendo a detectar esses mentirosos e mandar todos pra lixeira.

Ps: depois de deletar a carta, esvaziei a lixeira. Não quero correr o risco de trombar com aquele rabisco por qualquer canto novamente. Eu gosto do meu coração assim, inteiro.

Bjs, bala de verdade.

2 comentários:

  1. Seguindo ^^
    Se puder retribui seguindo
    meu diário virtual
    http://odiariothompson.blogspot.com

    ...beijinhos***

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  2. kkkkk adoro poster pessoal e o seu eu AMEI! vocêfalou antas verdades, tantas coisas serias, mas com um ótmo humor( essa foi a minha intrepretação)
    postei algo pessoal no meu tbm.haa e adore o segner do seu.
    bjuss
    omeu.na.leandree.zip.net

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